10 de fevereiro de 2011 | By: Luana;

Descobrindo Jane Austen.

Sempre tive vontade de compartilhar Jane Austen com as outras pessoas, na tentativa de encontrar alguém que sentisse o mesmo que eu sinto quando leio algum trecho ou assisto ao filme; mas é sempre tudo em vão. Poucos conhecem esse escritora aqui no Brasil, que é tão aclamada nos Estados Unidos e Inglaterra...
Enfim, o fato de não haver pessoas para fundar o meu 'clube do livro de Jane Austen' não me desanima e assim eu continuo a ler e assistir quantas vezes eu sentir que devo fazer isso.
Para começar essa série de posts, quero primeiro esclarecer alguns pontos sobre a vida dessa escritora.

Jane Austen nasceu em Steventon, Reino Unido, no dia 16 de dezembro de 1775 e faleceu em Winchester, também no Reino Unido em 18 de julho de 1817, apesar da mudança da mudança do século XVIII para o XIX ela viveu pouco, apenas 41 anos.Era uma escritora ironica que sempre descrevia seus personagens,apesar de  suas obras serem consideradas 'antigas' são constantemente objeto de estudo acadêmico  alcançando um público bastante amplo.
 Sua  família pertencia à burguesia agrária, sua situação e ambiente serviram de contexto para todas as suas obras, cujo tema gira em torno do casamento da protagonista. A inocência das obras de Austen é apenas aparente, e pode ser interpretada de várias maneiras.
As Obras de Jane Austen marcaram um novo tipo de romance, que diferia dos demais nos temas que abordava. Seus romances contêm uma mensagem instrutiva, asssinalam o bom comportamento e mostram uma espécie de experiência fictícia, mas sempre estão de acordo com a realidade e oferecem, uma história onde os elementos que a constituem se prestam à veracidade dos fatos narrados.
Costuma-se dizer que Jane Austen foi uma escritora isolada da influência de outros de seu tempo e da vida social além da reitoria de Steventon, e da burguesia rural que formava a sociedade que a rodeava.
Isto, no entanto, não está totalmente correto: sabe-se, pelas cartas que se enviavam, ela e Cassandra(sua irmã mais velha), que as duas irmãs Austen viajavam com frequência para a casa de amigos e familiares, e também que Austen estava familiarizada com muitas das obras publicadas na época. Prova disso é a intertextualidade que aparece em suas obras, pois às vezes permite ao leitor formular juízos sobre os personagens através de um simples contraste nas leituras que estes recomendam, ou dos fragmentos de texto que leem. 
As suas obras foram muito elogiadas, até a situaram entre as escritoras mais genuínas em língua inglesa, algumas vezes comparando-a com William Shakespeare, mas também muito criticadas.
Neste aspecto, talvez a pior crítica (e mais conhecida), provém de Charlotte Brontë (autora de Jane Eyre), pois suas opiniões e temperamento eram muito distintos.
Outra crítica famosa está relacionada ao escritor estadunidense Mark Twain que chegou a dizer com desprezo:"Jane Austen? Porque, vou ainda mais longe ao dizer que qualquer biblioteca é boa sempre que não contenha algum volume de Jane Austen. Inclusive se não tem outro livro”.
É claro que antes, não conseguia compreender como alguém pode se referir às obras de Jane dessa maneira, mas estudando e lendo mais um pouco, percebi a crítica feminista que é evidente em seus livros, a situação comum das personagens de Austen: concentração de pequenos grupos familiares, exaltação da importância da amizade e comportamento que ela julgava adequado para a época, sua heroínas são jovens e imaturas, adquirindo poder, nobreza e maturidade ao longo da história. Todas com seus finais felizes, muito melhores do que elas mesmas haviam proposto para si no início do enrredo. Esse estilo pode incomodar alguns autores que gostam de aventuras, luta por mudanças sociais e etc..
Observei outros aspectos nas história, elas não contém muita ação, os cenários são pacatos e interioranos, as diferença de classes sociais são bem aparentes e há sempre uma descoberta sobre o verdadeiro caráter de um ou de outro personagem. As protagonistas são intimistas e os homens em sua maioria possuem uma classe sem igual.

Um bom filme produzido em 2007, é Becoming Jane que em português foi traduzido como  Amor e Inocência, embora pareça a primeira vista mais uma da obras da escritora, é uma ficção baseada em sua biografia. Entre bailes, jantares, jogos de cricket e longos passeios em belíssimos jardins, acompanhamos Jane, em uma excelente interpretação da atriz americana Anne Hathaway (O Diabo Veste Prada) e em uma destas inúmeras ocasiões sociais, ela conhece o irlandês Tom Lefroy (James McAvoy), por quem se sente atraída, ao mesmo tempo em que despreza sua postura esnobe. Qualquer semelhança entre a vida de Jane Austen e suas obras literárias não são mera coincidência! Afinal, as diferenças são logo superadas pelo casal, mas antes que tudo se transfomasse em um escândalo para ser comentado pelos próximos anos pela aristocracia rural de Hampshire, as coisas se complicam e Jane descobre que, se não pode se casar por amor, ao menos pode realizar seus sonhos através da imaginação transformando Tom Lefroy em um dos seus melhores personagens: Mr Fitzwilliam Darcy, de "Orgulho e Preconceito".

 O filme é uma bem temperada mistura de ficção e realidade, recomendado para quem gosta desse tipo de história, cheio de diálogos inteligentes e romances de séculos passados.





2 comentários:

Anônimo disse...

eu amo a jane austen e esse filme é realmente muito bom!
adorei no post!!

lara disse...

já virei fão de jane austen!! rsrs

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